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Instituto Moreira Salles e Museu da Língua Portuguesa promovem debate presencial com curadores indígenas

 Com entrada gratuita, o evento acontece no dia 2 de fevereiro, às 19h, na sede do IMS em São Paulo (Av. Paulista, 2424) e contará com a presença dos curadores indígenas Edson Kayapó, Sandra Benites, Takumã Kuikuro e Daiara Tukano.

 

Kainahu Kuikuro, integrante do Coletivo Kuikuro de Cinema, no ritual do Kuarup na
aldeia Afukuri, julho de 2021. Crédito: Takumã Kuikuro/ Acervo do fotógrafo.


Nos últimos anos, multiplicaram-se em museus e centros culturais brasileiros exposições dedicadas à arte e às culturas indígenas. Quais são os desafios e oportunidades que se apresentam nesse cenário? 


A questão será tema do debate promovido no dia 2 de fevereiro (quinta), às 19h, pelo Instituto Moreira Salles e o Museu da Língua Portuguesa. Com entrada gratuita e interpretação em Libras, o bate-papo acontece na sede do IMS de São Paulo (Av. Paulista, 2424).
 

A mesa contará com a presença de Edson Kayapó, curador do Masp e membro do Núcleo Indígena e Quilombola da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, Sandra Benites, supervisora de programação cultural e exposição no Museu das Culturas Indígenas, e do cineasta Takumã Kuikuro, cocurador da mostra Xingu: contatos, em cartaz no IMS Paulista. A mediação será da artista e comunicadora Daiara Tukano, curadora da exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, exibida no Museu da Língua Portuguesa.
 

No evento, os artistas e curadores convidados conversarão com o público sobre as estratégias adotadas nos contextos institucionais, além de desafios como as convergências entre tradição e contemporaneidade e a contínua necessidade de letramento de grupos sociais não indígenas sobre a filosofia e os valores de diferentes povos originários. 


A atividade integra a programação paralela das exposições Xingu: contatos e Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação.
 

Mostra Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação. Crédito: Ciete Silvério


Mais sobre as exposições
 

Em cartaz no IMS Paulista até 9 de abril de 2023, Xingu: contatos revisita a trajetória de lutas e resistências do Xingu, primeiro grande território indígena demarcado no Brasil, em 1961. A mostra apresenta múltiplas narrativas e olhares em torno do território, tendo como destaque a produção audiovisual indígena contemporânea, que tem no Xingu um de seus principais pólos. O conjunto inclui seis curtas-metragens, feitos especialmente para a exposição, de autoria de Divino Tserewahú, Kamatxi Ikpeng, Kamikia Kisêdjê, Kujãesage Kaiabi, Piratá Waurá e do Coletivo Kuikuro de Cinema.
 

A exposição traz ainda um trabalho inédito do artista Denilson Baniwa, fotografias produzidas pelos comunicadores indígenas da Rede Xingu +, e um mural, com grafismos alto-xinguanos, criado pelo artista Wally Amaru na empena de um prédio na rua da Consolação. Em diálogo, são exibidos imagens, reportagens e outros documentos produzidos no Xingu por não indígenas desde o final do século 19.
 

Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, exibida no Museu da Língua Portuguesa até 23 de abril de 2023, fala sobre as línguas e culturas dos povos indígenas do Brasil. Contando com a participação de 50 profissionais dos povos originários, entre cineastas, influenciadores digitais e artistas plásticos, a exposição joga luz nas cerca de 175 línguas indígenas existentes no Brasil atualmente, revelando como elas têm resistido ao longo dos últimos séculos, por meio de pinturas, produções audiovisuais, curtas-metragens e depoimentos de educadores e músicos indígenas, por exemplo. Entre os artistas convidados do projeto, que tem curadoria de Daiara Tukano, estão nomes como Jaider Esbell, Paulo Desana e Tamikuã Txihi. A ideia é mostrar como o Brasil é um país, na realidade, multilingue, com uma rica diversidade linguística. 
 

O visitante tem a oportunidade de, por meio de objetos interativos, ouvir os sons de palavras e frases em línguas como terena, xavante e tuyuka e aprender seus significados na língua portuguesa. Outros destaques são objetos dos povos indígenas espalhados pelo espaço expositivo, como um trocano, um tambor feito a partir de uma tora única, que pertence aos povos do Alto Rio Negro. 
 

Serviço


Debate | Curadores Indígenas em Diálogo

com Edson Kayapó, Sandra Benites, Takumã Kuikuro e mediação de Daiara Tukano

2 de fevereiro (quinta feira), às19h

Cineteatro do IMS Paulista (Av. Paulista, 2424, SP)

Entrada gratuita, com distribuição de senhas 1 hora antes do evento e limite de 1 senha por pessoa

Capacidade do cineteatro: 145 lugares

Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais)
 

Exposição Xingu: contatos

Visitação: até 9 de abril de 2023

Entrada gratuita

IMS Paulista - Avenida Paulista, 2424, São Paulo, SP

Horário de funcionamento: Terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h
 

Exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação

Visitação: até 23 de abril de 2023

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Grátis aos sábados e para crianças até 7 anos

Ingressos na bilheteria e pelo site Link 

Museu da Língua Portuguesa - Praça da Luz, s/nº, São Paulo, SP

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)    
 

Sobre os debatedores
 

Daiara Tukano

Daiara Hori Figueroa Sampaio - Duhigô, do povo indígena Tukano -- Yé'pá Mahsã, clã Eremiri Hãusiro Parameri do Alto Rio Negro na amazônia brasileira, nascida em São Paulo. Artista, ativista, educadora e comunicadora. Graduada em Artes Visuais e Mestre em direitos humanos pela Universidade de Brasília - UnB; pesquisa o direito à memória e à verdade dos povos indígenas; Foi coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil. Ganhadora do Prêmio PIPA Online 2021, organizado pelo Instituto PIPA como mais relevante prêmio brasileiro de artes visuais. Estuda a cultura, história e espiritualidade tradicional de seu povo junto à sua família. Reside em Brasília, DF.
 

Edson Kayapó

Pertencente ao povo Mebengokré, nascido no Amapá. Doutor em Educação, professor na Licenciatura Intercultural Indígena no IFBA e no PPGER/UFSB. Curador do Masp e membro do Núcleo Indígena e Quilombola da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP. Escritor, palestrante, ambientalista e consultor em projetos acadêmicos e culturais.
 

Sandra Benites

Professora de filosofia e história do ensino fundamental e médio. Mestra em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ. Doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ. Atualmente atua como supervisora de programação cultural e exposição no Museu das Culturas Indígenas, São Paulo -SP.
 

Takumã Kuikuro

Cineasta do povo Kuikuro, vive na aldeia Ipatse, no Território Indígena do Xingu. É reconhecido nacional e internacionalmente pelos seus filmes, tendo sido premiado em vários festivais: Festival de Gramado, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Olhar de Cinema (Curitiba), Jornada Internacional de Cinema da Bahia, Festival do Filme Documentário e Etnográfico (Belo Horizonte), Festival Presence Autochtone de Terres en Vues (Montréal). Em 2017, recebeu o prêmio honorário de bolsista da Queen Mary University de Londres. Foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília e, em 2021, jurado do Latina 10: Mostra Ecofalante de Cinema. Atualmente, assina a curadoria da mostra Xingu:contatos, em cartaz no IMS Paulista, com Guilherme Freitas.


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