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35ª Bienal de São Paulo anuncia a primeira lista de artistas das coreografias do impossível

 Fundação Bienal divulga lista parcial de artistas e primeiro evento oficial com os curadores da 35ª Bienal de São Paulo

Crédito: divulgação

A Fundação Bienal de São Paulo divulga agora a primeira lista parcial de artistas da 35ª Bienal de São Paulo -- coreografias do impossível, além da identidade visual, cartaz, projeto educativo e conselho curatorial desta edição. O anúncio vem acompanhado da primeira conversa aberta com o coletivo curatorial da 35ª Bienal, a realizar-se no dia 27 de abril, às 19 horas, no Pavilhão da Bienal.

Coletivo de curadores formado por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel recebe o público no Pavilhão da Bienal para uma conversa aberta sobre a próxima edição da Bienal de São Paulo, que acontece em 2023. Crédito: Divulgação/ 35ª Bienal de São Paulo


A conversa aberta contará com a presença dos curadores Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, visando apresentar ao público o processo de concepção e curadoria da 35ª Bienal, bem como discutir as principais ideias e conceitos que serão abordados na mostra.

Intitulada coreografias do impossível e trazendo práticas artísticas diversas, de diferentes partes do mundo, a 35ª Bienal de São Paulo “deseja construir espaços e tempos de percepção que desafiam a rigidez da linearidade do tempo ocidental. O que vemos nesse horizonte coreográfico são estratégias e políticas do movimento que essas práticas vêm criando para imaginar mundos que confrontam as ideias de liberdade, justiça e igualdade como realizações impossíveis”, afirmam os curadores.

Durante a conversa aberta, o coletivo curatorial irá apresentar as principais questões que serão abordadas na mostra, tais como: como corpos em movimento são capazes de coreografar o possível, dentro do impossível? Se essas práticas produzem rupturas nos espaços a que pertencem, quando aqui reunidas, o que criam? Quais consensos e dissensos as coreografias do impossível, quando em diálogo no espaço, nos possibilitam adentrar? Como lidar com as contradições e desafios do mundo contemporâneo?

Para os curadores, tais questões abrem um convite à troca e ao diálogo a partir das obras apresentadas: “o impossível refere-se às realidades políticas, jurídicas, econômicas e sociais nas quais essas práticas artísticas e sociais estão inseridas, mas, também, no modo como tais práticas encontram alternativas para driblar os efeitos desses mesmos contextos. Já o termo coreografia nos ajuda também a refletir como a ideia de mover-se livremente permanece no cerne de uma concepção neoliberal de liberdade. Em consonância com o próprio paradoxo criado pelo título, buscamos não caminhar ao redor de um motivo ou por núcleos temáticos, mas antes abrir espaço para uma dança contínua em que podemos coreografar juntos, mesmo na diferença.”

O perfil dos curadores e o projeto curatorial da 35ª Bienal de São Paulo podem ser acessados pelo link.
 


Lista parcial de artistas

A Fundação Bienal de São Paulo anuncia agora a primeira lista parcial dos artistas que participarão da 35ª Bienal de São Paulo -- coreografias do impossível. A seleção é composta por 43 nomes, sendo 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos. A lista completa terá mais de 100 participantes e será divulgada ainda no primeiro semestre de 2023. Seguem abaixo os nomes presentemente anunciados:

Aline Motta
Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
Anna Boghiguian
Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
Bouchra Ouizguen
Castiel Vitorino Brasileiro
Daniel Lie
Dayanita Singh
Deborah Anzinger
Denilson Baniwa
Duane Linklater
Elda Cerrato
Elizabeth Catlett
Ellen Gallagher
Frente 3 de Fevereiro
Gabriel Gentil Tukano
Geraldine Javier
Igshaan Adams
Inaicyra Falcão
Julien Creuzet
Leilah Weinraub
Luiz de Abreu
Manuel Chavajay
Marilyn Boror Bor
Mounira Al-Solh
Nadal Walcott
Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
Niño de Elche
Nontsikelelo Mutiti
Pauline Boudry e Renate Lorenz
Philip Rizk
Rolando Castellón
Rosana Paulino
Sammy Baloji
Santu Mofokeng
Sarah Maldoror
Stanley Brouwn
Tadáskía
Tejal Shah
The Living and the Dead Ensemble
Torkwase Dyson
Trinh T. Minh-ha
Wifredo Lam


Identidade visual e comunicação

Em consonância com o projeto curatorial, o desenvolvimento das peças de comunicação da 35ª Bienal assumirá um caráter processual, incluindo elementos gráficos que se transformam e adensam ao longo dos diferentes momentos do projeto. A identidade visual desta edição configura a obra comissionada da artista Nontsikelelo Mutiti, reconhecida artista visual e educadora nascida no Zimbábue. Seu comprometimento em exaltar o trabalho e as práticas de comunidades negras do passado, presente e futuro é evidenciado por sua abordagem conceitual no design, publicações e práticas de arquivo. Ela ocupa atualmente a posição de diretora dos estudos de pós-graduação em design gráfico na Yale School of Art, nos Estados Unidos.


Neste momento, a publicação educativa e uma primeira versão do site da 35ª Bienal são lançadas como primeiras aplicações da identidade visual da edição. Com webdesign de Namibia Chroma e desenvolvimento da Fluxo, o site chega ao público com conteúdos relacionados ao projeto educativo, apresentação curatorial e institucional do projeto. Ao longo dos próximos meses, a plataforma será adensada com seções e funcionalidades adicionais, e novos tratamentos gráficos.



Publicação educativa

Nesta ocasião é ainda apresentado o primeiro movimento da publicação educativa da 35ª Bienal de São Paulo, um material pedagógico desenvolvido com o objetivo de aproximar o público da arte contemporânea e estimular a reflexão sobre as temáticas abordadas na mostra.

José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, destaca a relevância da publicação educativa e anuncia algumas inovações para a exposição deste ano: "Com o intuito de proporcionar uma abordagem inovadora, a publicação da 35ª Bienal de São Paulo -- coreografias do impossível foi dividida em três volumes, cada qual com enfoques e conteúdos distintos. Os dois primeiros foram concebidos para serem utilizados como bibliografia no programa de capacitação de mediadores e na disseminação da Bienal para estudantes e professores de escolas públicas e particulares. O último volume, por sua vez, se baseará nas experiências educacionais obtidas ao longo da execução da 35ª Bienal. Seu lançamento está previsto para 2024 e servirá de base para as atividades de difusão planejadas para o programa de exposições itinerantes, que há mais de uma década tem levado recortes da Bienal de São Paulo para diversas cidades do Brasil e do mundo após sua apresentação no Pavilhão Ciccillo Matarazzo."

Intitulado Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo, o primeiro movimento da publicação educativa da 35ª Bienal conta com contribuições de Leda Maria Martins, Françoise Vergès, Sandra Benites, Anderson Feliciano e Thiago Vinicius de Paula da Silva -- Agência Solano Trindade, bem como das artistas participantes desta edição, Inaicyra Falcão, Pauline Boudry e Renate Lorenz, e Torkwase Dyson.

O lançamento da publicação ocorrerá em evento gratuito no dia 29 de abril, sábado, no Auditório da Bienal, das 15h às 17h, e contará com a presença da poeta, ensaísta, dramaturga e professora Leda Maria Martins e do líder comunitário Thiago Vinícius, da Agência Solano Trindade, além dos curadores Diane Lima e Manuel Borja-Villel. A publicação será distribuída gratuitamente a todas as pessoas que participarem do evento.
 


Conselho curatorial

O presente anúncio engloba, por fim, a apresentação dos membros do conselho curatorial da 35ª Bienal de São Paulo. Composto por quatro profissionais de origem e perfis diversos, o conselho tem por objetivo complementar as pesquisas do coletivo curatorial da edição a partir de suas próprias áreas de especialização, em um espaço produtivo de troca e diálogo. Seus membros são:


Omar Berrada é um escritor, tradutor e curador cujo trabalho concentra-se nas políticas da tradução e transmissão intergeracional. Recentemente, publicou a coleção de poesia Clonal Hum e coeditou La Septième Porte, a história do cinema marroquino por Ahmed Bouanani. Vive em Nova York.


Sandra Benites (Ara Rete, em guarani) nasceu na Terra Indígena Porto Lindo (MS). De origem Guarani Nhandewa, é mãe, pesquisadora e ativista Guarani. Atua como supervisora de programação cultural e exposição e como conselheira do Museu das Culturas Indígenas, em São Paulo. Desde 2023, integra a equipe da Funarte como diretora de artes visuais.


Sol Henaro é curadora e pesquisadora. Entre 2011 e 2015, ocupou o cargo de curadora do acervo artístico do Museo Universitario Arte Contemporáneo -- MUAC (Cidade do México),onde atualmente ocupa a posição de curadora de coleções documentais do Centro de Documentación Arkheia. Desde 2010 integra a Red Conceptualismos del Sur, motivada por seu interesse pelo questionamento da construção do relato historiográfico.

Thomas Jean Lax é um escritor e curador especializado em performance e produção de artistas negros. Atualmente, é curador do departamento de mídia e performance do MoMA (Nova York, EUA). É formado em estudos africanos e história da arte pelas universidades Brown e Columbia, e é doutorando em estudos da performance na NYU (EUA).

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