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Do clássico a modernidade, balé “A Sílfide” enaltece a linguagem artística de Guarulhos

A Propósito! Por Rosângela Cafasso

 Entre o amor e o sonho, o balé “A Sílfide” da Companhia Hélio Lima transportou o público a uma viagem atemporal, que mesclou com maestria a modernidade e o encantamento

Crédito: Alcides Vieira e Julia Aluar

Sempre fui conhecida pela praticidade e por não expressar emoções, apenas sorrisos. Começo esta coluna falando simplesmente sobre o quanto, a cada momento que acompanho a cena cultural da cidade, sou tomada pelo inusitado.

Sílfide, interpretada pela bailarina Sabrine Saraiva, retrata uma mulher moderna e trabalhadora, trazendo novas camadas e significados à história. Crédito: Alcides Vieira e Julia Aluar

Através do convite do diretor e coreógrafo Hélio Lima, pude acompanhar os últimos ensaios do balé “A Sílfide” e o empenho do grupo de bailarinos.

Desde o primeiro contato presenciei o quanto eles se superaram e conseguiram despertar em mim sentimentos até então desconhecidos.

Figurino atemporal criou a atmosfera perfeita para a releitura. Crédito: Alcides Vieira e Julia Aluar 

A cada entrada de cena, notei a perfeição do figurino, que era atemporal e, ao mesmo tempo, detalhado, combinando trajes simples e os mais sofisticados, criando assim a atmosfera perfeita para transmitir a ideia de uma releitura clássica aliada à modernidade.

"Effie", vivida pela bailarina Ana Beatriz, recebeu um figurino mais detalhado sem deixar de lado a delicadeza. Crédito: Lorena Sadocco 

O que mais impressiona em “A Sílfide” é como a diversidade está presente no elenco, com pessoas de diferentes idades, pensamentos, crenças, gêneros, orientações e ascendências que brilharam no palco do Teatro Adamastor.

James, vivido pelo bailarino Wolly Kendahra, luta contra Gurn (interpretado por Hélio Lima) após seu amigo se apaixonar por Effie. Crédito: Lorena Sadocco 

O jovem maestro Kevin Camargo conduziu com afinco e encanto a Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos, e em conjunto com a primorosa adaptação dos compositores Alexandre Daloia e Jackson Frank, o efeito harmônico resultou em uma conversa única com a coreografia.

A apresentação foi tão grandiosa que fez do Teatro Adamastor um marco histórico, imprimindo na memória dos espectadores a lembrança de um espetáculo que jamais será esquecido.

Após o evento, familiares emocionados foram envoltos pelo brado dos bailarinos, que, de forma uníssona, desejaram uma temporada dedicada ao balé ‘A Sílfide’.

Esse desejo pode se tornar realidade já que a cidade possui equipamentos públicos para as artes. Na minha opinião, o balé ‘A Sílfide’ de Guarulhos será ainda muito requisitado e bem recebido em espaços culturais e teatros além dos limites da cidade.

* A apresentação do balé "A Sílfide" ocorreu no Teatro Adamastor, em Guarulhos, no dia 16 de abril de 2023.

Sobre o balé “A Sílfide” 

Sob regência de Kevin Camargo e coreografia do guarulhense Hélio Lima, o espetáculo conta a história de James, um jovem escocês comprometido que se apaixona por Sílfide, uma criatura mitológica de grande beleza que somente ele pode ver.

Com corpo artístico da Hélio Lima Companhia, o espetáculo conta com a expertise de artistas negros, produção de Pretah Thaís, iluminação de Felipe Galvino, cenografia de Ailton Diller e figurinos de Karine Barbosa. A adaptação musical é dos compositores Alexandre Daloia e Jackson Frank.

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