Dirigido por Elias Andreato e estrelado por Odilon Wagner (indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APCA 2022 por este trabalho) e Claudio Fontana, o espetáculo narra um encontro hipotético entre o pai da Psicanálise e o escritor C.S. Lewis
Crédito: João Caldas |
A Última Sessão de Freud, o maior sucesso do teatro brasileiro desde 2022, dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain já foi vista por mais de 65 mil pessoas e se apresenta em Guarulhos no Teatro Adamastor nos dias 30 de setembro às 20h e no dia 01 de outubro às 19h.
A
trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner - indicado ao
Prêmio Shell e Prêmio APCA 2022 por este papel) o pai da psicanálise, e o
escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento
científico filosófico da sociedade do século 20.
Durante
esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S.
Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente
defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre
ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus
em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de
psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender por que um ex-ateu,
um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira
insidiosa” - tornando-se um cristão
convicto.
No
gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus,
mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza
humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se
conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a
sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O
sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali
propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
O
cenário assinado por Fábio Namatame
(indicado ao Prêmio Shell melhor cenário)
reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos.
Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na
Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.
Em
uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta: “A peça mostra um embate de
ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse
em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre
Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial.
Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres
a qualquer minuto”.
O
diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra,
construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias
estejam à frente de qualquer linguagem.
“O
Teatro é uma forma de arte onde os
atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos
variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força
de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a
vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com
ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é
assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark
St. Germain: A Última Sessão de Freud.
Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar
conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o Teatro. A
minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”,
comenta o diretor.
Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante:
“Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela.
Serviço
A Última Sessão de Freud, de Mark St. Germain
Temporada: 30 de setembro, sábado às 20h e Domingo dia 01
de outubro às 19h
Vendas online: freud.art.br
Valores: R$60 inteira, R$45 promocional com alimento, R$30 meia entrada
Classificação: 14
anos
Duração: 90 minutos
Local: Teatro Adamastor, Av. Monteiro Lobato, 734 - Macedo, Guarulhos - SP.
Capacidade: 670 lugares
Acessibilidade: sim
Informações e Grupos: 11 9
9996-3356 Com Charles Geraldi
Sinopse
No gabinete de Freud, na Inglaterra, o pai da psicanálise e o escritor C.S. Lewis conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
Ficha Técnica
Texto: Mark St. Germain
Tradução: Clarisse Abujamra
Direção: Elias Andreato
Assistente de Direção: Raphael Gama
Idealização: Ronaldo Diaféria
Elenco: Odilon Wagner e Claudio Fontana
Cenário e figurino: Fábio Namatame
Assistente de cenografia: Fernando Passetti
Desenho de Luz: Gabriel Paiva e André Prado
Iluminação: Nádia Hinz
Trilha Sonora: Raphael Gama
Arte Gráfica: Rodolfo Juliani
Fotografia: João Caldas
Designer de som: André Omote
Coordenador Geral de Produção: Ronaldo Diaféria
Produtora Executiva: Jade Minarelli
Direção de palco / Contra-regragem: Tadeu Tosta, Vinicius Henrique, Kauã Nascimento e Jonathan Alves
Produtores Associados: Diaféria Produções e Itaporã Comunicação
Produção Local: Charles Geraldi – Duaac Produções
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