Além dos alimentos in natura comuns nas refeições, Educação tem distribuído um item sazonal a cada mês a mais de 3.000 escolas
Crédito: Flavio Florido/SEDUC-SP
Tem milho na alimentação dos alunos das escolas estaduais no mês de junho. Desde o ano passado, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) inclui todo mês um produto sazonal na aquisição de frutas, verduras e legumes enviados para a alimentação escolar. Neste ano letivo, os estudantes já provaram pera, escarola, berinjela e, agora, no mês das festas juninas, 2 milhões de espigas estão sendo entregues a cerca de 3.000 escolas estaduais.
Das mais de 5.000 unidades de ensino, a alimentação escolar é oferecida diretamente pela Seduc-SP a 3.000 delas. Nas demais, a alimentação é fornecida por meio de parcerias com as prefeituras e secretarias municipais de educação.
Neste mês, especialmente, o milho estará presente nos refeitórios, mas também nas salas de aula. Junto com dicas de preparos com o milho, como a própria espiga cozida — que tem sido um sucesso entre as crianças —, curau, suco, bolos, creme de milho e viradinho de milho, com receitas testadas na cozinha experimental pela equipe de nutricionistas da Seduc-SP, as escolas também receberam materiais e orientações para a prática pedagógica. A partir do milho, professoras e professores poderão discutir com os estudantes a relação dos povos originários com o alimento, manifestações culturais e festas regionais.
Milho na sala de aula e na refeição
Na Escola Estadual Professor Licínio Carpinelli, em Guarulhos, o milho entra no cardápio pela segunda vez neste mês na próxima quarta-feira (26), na refeição das 15h. Nas aulas, as professoras de história, Maria da Graça Porto Luiz, e de ciência e biologia, Janaina de Sousa Oliveira, do 6º ano do Ensino Fundamental, reúnem a turma para abordar temas como o uso de milho em diversas culturas e o valor nutricional do alimento. Na mesma tarde, serão servidos milho cozido na espiga, bolo de milho e curau.
Comida sem enlatados
Nos últimos anos, a equipe de nutrição da Secretaria da Educação deu início ao processo de retirada de alimentos enlatados nas refeições e ampliou a oferta de frutas aos estudantes.
“O processo de acabar com os alimentos enlatados na rede já foi finalizado. Atualmente, a alimentação escolar do estado é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados. As carnes e frangos distribuídos são congelados, não há mais a distribuição de alimentos enlatados”, informa a diretora técnica do Departamento de Alimentação Escolar da Educação de SP, Nayla Veríssimo.
Nayla conta que, até mesmo o atum, que compõe o cardápio apenas um dia no mês, que era adquirido em latas com tamanhos maiores que as encontradas no mercado, hoje é entregue à rede em formato de pouch, uma embalagem que preserva melhor o sabor e a qualidade do peixe.
Além dos alimentos que são escolhidos para cada mês, como o milho, frutas como tangerina, caqui e goiaba são adquiridos e distribuídos conforme a sazonalidade.
Fazem parte do cardápio constante das escolas abacaxi, banana, laranja, limão, maçã, mamão, manga, melancia, melão e tangerina. Entre as hortaliças, estão abóbora, abobrinha, acelga, alface crespa, alho, batata, batata doce, beterraba, cebola, cebolinha, cenoura, chuchu, couve, mandioca, pepino, repolho verde, tomate e salsinha.