Hot Widget

Pesquise aqui

Arte Urbana em Guarulhos: Sidão fala sobre o graffiti e o futuro na cidade


Conhecido por sua paixão e dedicação, Sidão compartilhou em entrevista exclusiva sua visão sobre a cena artística e os desafios que enfrenta como artista

Sidão, um dos nomes mais icônicos da arte urbana em Guarulhos, retorna ao nosso espaço para falar sobre o graffiti e seu papel transformador na cidade. Crédito: BTW Guarulhos

Sidão começou fotografando a arte pelas ruas de Guarulhos entre 2013 e 2014, incentivado por amigos e colegas da cena. "Depois de muita leitura e toques de amigos como o Rubinho, comecei a fotografar o graffiti. Viajei para vários estados como Bahia, Espírito Santo e cidades como Recife. Os grafiteiros me encorajaram a experimentar a arte, mas eu dizia: começar a grafitar é uma coisa, pintar paredes é outra", relembra ele.

Foi por meio dessa interação com artistas grafiteiros que Sidão foi apresentado ao stencil, técnica que mudou sua trajetória artística. "Conheci o artista Leandro, que trabalha com stencil e me ensinou. Foi essa técnica que me levou para as paredes, e desde então, não larguei mais essa arte", conta ele.

O Futuro do graffiti em Guarulhos

Sidão é um forte defensor da legitimação do graffiti como uma forma de arte reconhecida e respeitada. "Em Guarulhos, queremos mostrar nossa arte para que deixe de ser marginalizada", afirma Sidão, destacando o desejo de que a arte urbana receba mais apoio e visibilidade.

Sidão também mencionou o papel importante que as instituições podem desempenhar na valorização dessa arte. "Esperamos que a BTW e os órgãos competentes nos ajudem a legitimar e difundir o graffiti em Guarulhos", comenta ele, reforçando a necessidade de parcerias e apoio institucional para que o graffiti seja mais reconhecido e acessível.

No entanto, a questão financeira ainda é um grande obstáculo. "A gente sempre esbarra na questão monetária, no poder econômico que o grafiteiro não tem. Muitas vezes, reunimos um grupo para deixar uma quebrada mais bonita e fazemos tudo com nosso próprio material e tempo, porque amamos o que fazemos", explica Sidão. "Mas queremos mudar essa realidade. Queremos que a arte urbana seja valorizada, queremos mostrar para a cidade que o graffiti pode deixar de ser marginalizado."

Sidão ressalta que essa falta de apoio financeiro muitas vezes limita a capacidade dos artistas de expandir seu trabalho e alcançar mais espaços. "Fazemos o que podemos com o que temos, mas é frustrante quando você sabe que poderia fazer mais pela cidade, pelas comunidades, se houvesse mais recursos", afirma ele.

Sidão acredita que o graffiti pode desempenhar um papel importante na transformação social e cultural das comunidades.