A greve dos auditores da Receita Federal, iniciada em 26 de novembro para reivindicar reajustes salariais, paralisou as operações de desembaraço aduaneiro nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, acumulando 50 mil documentos e encomendas não liberadas. A paralisação está gerando atrasos nas entregas e colocando em risco contratos de empresas brasileiras no mercado internacional.
Na última terça-feira (17), dez entidades e associações do setor de comércio exterior, aviação e transporte enviaram uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, solicitando uma solução para a situação. As entidades destacam o impacto negativo nos custos logísticos, além da perda de competitividade do Brasil no mercado global.
O documento também menciona os prejuízos gerados por uma greve similar em 2022, que resultou em R$ 3 bilhões de perdas no primeiro semestre, conforme dados do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp).
A carta, que solicita uma audiência com o ministro da Fazenda e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinha, foi assinada por importantes entidades como a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec) e a Associação Brasileira de Logística (Abralog).
Impactos da greve no comércio exterior
As associações alertam que os atrasos não afetam apenas o setor de transporte e logística, mas também comprometem as cadeias de exportação e importação do Brasil, prejudicando a eficiência do comércio exterior do país.
*Com informações do portal O Globo