Taxa básica sobe para 14,25% ao ano; expectativa para crescimento da economia cai para 1,98%
A recente elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano impactou diretamente as previsões do mercado financeiro para o PIB (Produto Interno Bruto) e a inflação em 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), a projeção para o crescimento da economia caiu de 1,99% para 1,98%, enquanto a estimativa para a inflação passou de 5,66% para 5,65%.
A previsão para o PIB de 2026 foi mantida em 1,6%, enquanto para 2027 e 2028 a expectativa de crescimento segue em 1,9% e 2%, respectivamente.
Inflação segue acima da meta
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), continua acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em fevereiro, o índice subiu 1,31%, puxado pela alta da energia elétrica. Esse foi o maior avanço desde março de 2022.
O mercado projeta que a inflação encerre 2025 em 5,65%, superando o limite máximo da meta do BC, que é de 4,5%. Para 2026, a previsão subiu de 4,48% para 4,5%, enquanto para 2027 e 2028 as expectativas são de 4% e 3,78%, respectivamente.
Cotação do dólar e juros básicos
A cotação do dólar está projetada para R$ 5,95 no fim de 2025 e R$ 6 no fim de 2026.
Já a taxa Selic, principal instrumento do Banco Central para controle da inflação, pode subir para 15% até o final deste ano, segundo projeções do mercado. Para os anos seguintes, há expectativa de redução gradual:
- 2026: 12,5% ao ano
- 2027: 10,5% ao ano
- 2028: 10% ao ano
Impactos da alta dos juros
Com o aumento da Selic, o Banco Central busca conter a demanda aquecida e a alta dos preços, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança. No entanto, isso também pode dificultar o crescimento econômico e afetar o consumo das famílias e os investimentos das empresas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que novas altas devem ocorrer em menor intensidade nas próximas reuniões, sendo a próxima prevista para maio de 2025.
