O Drex, moeda digital oficial do Brasil, está em fase de testes e promete transformar profundamente o sistema financeiro nacional. Segundo especialistas, o impacto pode ser comparável ao do Pix, com potencial de automatizar processos complexos como compra e venda de imóveis e veículos, transferência de bens, crédito rural e serviços cartoriais.
Apesar das expectativas de funcionamento ainda em 2025, o Banco Central informou nesta quarta-feira (28) que ainda não há data definida para o lançamento da plataforma ao público, pois a iniciativa enfrenta desafios tecnológicos e regulatórios.
Criado para ser o equivalente digital do real, o Drex é emitido pelo Banco Central e utiliza a tecnologia blockchain, garantindo transações seguras, transparentes e instantâneas. Diferentemente das criptomoedas, como o Bitcoin, o Drex é centralizado e lastreado no real físico, com paridade de valor.
O que muda com o Drex?
Com o uso de contratos inteligentes, a moeda digital permitirá que transações sejam executadas automaticamente quando as condições forem cumpridas. Isso poderá:
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Reduzir custos e burocracias;
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Digitalizar documentos e registros;
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Agilizar transferências de propriedades e pagamentos;
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Facilitar operações de câmbio 24/7;
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Modernizar o papel dos cartórios.
A segunda fase do projeto-piloto foi iniciada em outubro de 2024. Nela, o BC está testando casos de uso com serviços desenvolvidos pelos 16 consórcios participantes, entre eles Itaú, Bradesco, Nubank, Banco do Brasil, Microsoft e Google. As prioridades atuais incluem privacidade de dados, segurança e conformidade com a LGPD.
O nome "Drex"
A sigla une as letras “d” e “r” de real digital, “e” de eletrônico, e o “x” simbolizando conexão tecnológica.
Drex substituirá o dinheiro em papel?
Não. O Drex será uma opção adicional ao dinheiro físico, com foco nas transações online.