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Cidades do litoral adotam taxas ambientais para visitantes durante a temporada de verão

Crédito: Creative Commons

Com a chegada do verão e o aumento do fluxo de turistas, municípios do litoral brasileiro têm avaliado e adotado a cobrança de taxas ambientais para visitantes. A medida tem como objetivo reduzir os impactos do turismo, controlar o volume de veículos e financiar ações de preservação ambiental e infraestrutura urbana.

A cobrança, em geral, incide sobre veículos que ingressam nas cidades, com valores que variam conforme o tipo do automóvel e, em alguns casos, de acordo com o período de permanência no município.

Ubatuba (SP)

Em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a taxa ambiental é cobrada desde 2023. Alguns casos são passíveis de isenção, como veículos que permanecem na cidade por menos de quatro horas.

O pagamento pode ser feito de forma antecipada pelo site oficial, por meio de TAG eletrônica, via aplicativo ou presencialmente na sede da Eco Ubatuba.

Valores atuais:

  • Motocicletas: R$ 3,69
  • Veículos de passeio: R$ 13,73
  • Veículos utilitários: R$ 20,59
  • Vans: R$ 41,18
  • Micro-ônibus e caminhões: R$ 62,30
  • Ônibus: R$ 97,14

São Sebastião (SP)

O município de São Sebastião já sancionou a lei que cria a taxa ambiental, com início previsto para o primeiro trimestre de 2026. A cobrança será diária, com limite máximo de 60 dias consecutivos.

Os valores, calculados com base no Valor de Referência Municipal (VRM), são:

  • Motocicletas: R$ 5,25
  • Automóveis: R$ 20,00
  • Caminhonetes: R$ 24,80
  • Vans e micro-ônibus: R$ 64,40
  • Ônibus: R$ 119,25
  • Caminhões: R$ 143,10

Ilhabela (SP)

Suspensa desde 2020 em razão da pandemia, a taxa de preservação ambiental de Ilhabela deve ser retomada nesta temporada. Segundo a prefeitura, a previsão é de que a cobrança comece em 15 de janeiro.

O início estava previsto para dezembro, mas foi adiado após determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que analisou questionamentos sobre o processo licitatório.

Na ilha, o pagamento será realizado exclusivamente por sistemas automáticos de identificação veicular, com uso de tags eletrônicas, sem possibilidade de pagamento em dinheiro.

Valores definidos:

  • Motocicletas: R$ 10,00
  • Veículos de passeio e utilitários: R$ 48,00
  • Vans: R$ 70,00
  • Caminhões: R$ 70,00
  • Micro-ônibus: R$ 100,00
  • Ônibus: R$ 140,00

Guarujá (SP)

O Guarujá também aprovou a criação da taxa ambiental, mas informou que não haverá cobrança nesta temporada. Moradores com veículos registrados no município — até quatro por residência — são isentos. Proprietários de imóveis na cidade que residem em outros municípios poderão cadastrar até dois veículos sem custo.

Os valores definidos em lei são:

  • Motocicletas: R$ 7,29
  • Veículos de passeio (até 8 lugares): R$ 19,44
  • Vans, utilitários e pick-ups: R$ 38,88
  • Micro-ônibus: R$ 97,20
  • Ônibus e caminhões: R$ 145,80

Bombinhas (SC)

O município de Bombinhas, em Santa Catarina, passou a aplicar a taxa de preservação ambiental em novembro. O pagamento é válido por 24 horas corridas e é cobrado por entrada no município. Mesmo que o veículo permaneça por vários dias, a taxa é paga apenas uma vez, desde que não haja nova entrada.

Os valores praticados são:

  • Motocicleta, motoneta e bicicleta a motor: R$ 4,50
  • Veículos de passeio: R$ 38,00
  • Veículos utilitários (caminhonetes e furgões): R$ 57,00
  • Vans e micro-ônibus: R$ 76,50
  • Caminhões: R$ 114,50
  • Ônibus: R$ 191,50

Objetivo das medidas

Segundo as administrações municipais, as taxas ambientais têm como finalidade ordenar o fluxo de visitantes, reduzir a pressão sobre áreas sensíveis e garantir recursos para preservação ambiental, limpeza urbana, mobilidade e serviços públicos durante a alta temporada.