Aves silvestres e exóticas viviam em cativeiro precário; responsáveis podem responder por crimes ambientais
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos, por meio da Inspetoria Ambiental, realizou nesta quarta-feira (11) a apreensão de 42 aves mantidas ilegalmente em condições de maus-tratos no Jardim Testae. Entre os animais, estavam 40 aves silvestres brasileiras e duas exóticas de origem africana, encontradas em gaiolas mal conservadas, sem ventilação, com higiene inadequada e alimentação insuficiente.
A ação ocorreu durante um patrulhamento de rotina na rua Henrique José Testai. Os agentes identificaram o cativeiro ilegal e constataram que as aves não possuíam anilhas ou registros de autorização do Ibama, configurando crime ambiental.
Espécies resgatadas
Entre as aves apreendidas estavam:
- Coleirinha (11)
- Bigodinho (1)
- Papa-capim (3)
- Canário-da-terra (8)
- Tico-tico (10)
- Galo-de-campina (3)
- Sabiá-branco (1)
- Papagaio-verdadeiro (2)
- Papagaio-do-mangue (1)
- Agapórnis (2) – aves exóticas originárias do sudoeste da África.
Consequências legais
O responsável, um homem de 67 anos, foi encaminhado à Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente junto com as gaiolas e os pássaros. Ele foi autuado com base na Lei 9.605/98, que prevê:
- Crime de maus-tratos aos animais, com pena de detenção de três meses a um ano e multa.
- Manutenção de fauna silvestre sem permissão, com pena de detenção de seis meses a um ano e multa.
Reabilitação e cuidados especializados
As aves foram levadas ao Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres (CETRAS) de São Paulo. Lá, os animais passarão por avaliações clínicas, biológicas e exames detalhados para definir o melhor tratamento. O objetivo é que, após a reabilitação, possam ser reintroduzidas à natureza ou encaminhadas para locais adequados de conservação.
Essa operação reforça a importância do combate ao tráfico de animais e da preservação da fauna brasileira.