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Carrefour demite 2.200 funcionários às vésperas do Natal

 Carrefour demite 2.200 funcionários às vésperas do Natal, mas anuncia novas contratações; Movimento ocorre em meio a ajustes no varejo e atrai atenção por ser durante o período mais aquecido do ano

Crédito: Reprodução

O grupo Carrefour, maior varejista do Brasil, está realizando a demissão de 2.200 funcionários, incluindo trabalhadores diretos e indiretos, conforme confirmado pela companhia. O movimento, que teve início em novembro, representa cerca de 1,5% dos 130 mil colaboradores do grupo, abrangendo marcas como Atacadão, Sam's Club, postos de gasolina e drogarias.

Segundo o Carrefour, os desligamentos fazem parte de um ajuste natural do setor varejista e não devem impactar o atendimento ou as operações durante o fim de ano. No entanto, a empresa não detalhou quais cargos foram mais afetados ou a proporção de terceirizados entre os demitidos.

Contratações em andamento

Embora as demissões tenham chamado a atenção por ocorrerem em um momento de alta no varejo, o Carrefour anunciou, em outubro, a abertura de 6.000 vagas para diferentes posições, como operador de caixa, repositor, açougueiro, técnico de manutenção, entre outros, espalhadas por 20 estados e o Distrito Federal. As contratações seguem em andamento.

Mercado varejista em transformação

O consultor Eugênio Foganholo, da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, relaciona os desligamentos ao fechamento de 174 lojas do grupo entre janeiro e setembro de 2024, concentrados principalmente em supermercados. Apesar disso, o Carrefour mantém 1.041 unidades em operação no Brasil, lideradas pelo Atacadão, que representa 70% das vendas do grupo.

No entanto, o Atacadão enfrenta maior concorrência. Dados da Varejo 360 apontam que, no estado de São Paulo, a participação do Atacadão entre os atacarejos caiu de 28,5% em 2023 para 28% em 2024, enquanto concorrentes como o Max Atacadista aumentaram sua participação no mercado.

Momento estratégico questionado

Especialistas criticam o momento escolhido para as demissões, considerando que a época de festas costuma ser de maior demanda e contratações temporárias. "Essa decisão é atípica para o setor alimentar, que vive seu pico de vendas antes do Natal", afirma Alberto Serrentino, da Varese Retail.

Crise diplomática recente

O Carrefour também esteve envolvido em uma recente crise diplomática. Em novembro, a companhia enfrentou um boicote de frigoríficos brasileiros após anunciar a suspensão da compra de carne do Mercosul, em apoio aos agricultores franceses. Após repercussão negativa, o presidente global do grupo, Alexandre Bompard, pediu desculpas diretamente ao Ministério da Agricultura do Brasil.

*Com informações da Folha de S. Paulo

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