Crédito: Pexel
A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), registrou alta de 0,39% em novembro, conforme divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice desacelerou em relação aos 0,56% de outubro, mas segue acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central para 2024.
Principais destaques do IPCA de novembro 2024
- A alta de 0,39% é a menor variação mensal desde julho, mas ainda representa o maior índice para novembro desde 2022.
- O grupo alimentos e bebidas foi o principal responsável pela desaceleração, com redução no ritmo de alta em itens como arroz, feijão e carnes. Esses produtos, que vinham pressionando o orçamento das famílias, apresentaram uma leve trégua nos preços.
- Outros grupos, como transportes e habitação, também mostraram aumento menor em comparação ao mês anterior, contribuindo para o resultado mais moderado.
Inflação acumulada e impacto nas metas econômicas
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação chegou a 5,1%, ultrapassando o teto da meta anual definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A desaceleração em novembro, apesar de positiva, ainda não é suficiente para aliviar as pressões inflacionárias de 2024. Economistas destacam que o controle do IPCA será crucial para garantir a estabilidade econômica e recuperar o poder de compra das famílias.
Impacto nos consumidores e na economia
A inflação elevada continua sendo um desafio para o consumo doméstico, especialmente para famílias de baixa renda, que destinam boa parte de seus recursos para itens básicos como alimentação e transporte. A queda no ritmo de alta em novembro traz algum alívio, mas a manutenção do índice acima da meta reforça a necessidade de políticas econômicas mais assertivas.
Busca por estabilidade em 2025
O resultado de novembro será um indicador-chave para o Banco Central ajustar sua política monetária nos próximos meses, visando uma trajetória de inflação mais alinhada às metas futuras.
Este cenário reforça a importância de acompanhar as tendências do IPCA, que impactam diretamente o orçamento familiar, os investimentos e a economia brasileira como um todo.