Na última sexta-feira (24), durante as intensas chuvas que atingiram a região metropolitana de São Paulo, um avião da British Airways foi atingido por um raio enquanto estava estacionado no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O incidente aconteceu em um Airbus A350-1041 que se preparava para um voo com destino ao Aeroporto Internacional de Heathrow, em Londres.
Um vídeo que circula nas redes sociais registrou o momento em que a descarga elétrica atinge o topo do estabilizador vertical da aeronave. Nas imagens, é possível ver a faísca elétrica se conectar ao avião e permanecer visível por alguns segundos. A estrutura da aeronave, projetada com materiais condutivos que funcionam como uma "gaiola de Faraday", impediu danos internos e protegeu os sistemas sensíveis.
Apesar do impacto, não foram registrados ferimentos ou danos graves, mas a aeronave precisou ser inspecionada antes de decolar, ocasionando um atraso na partida, inicialmente prevista para as 16h20. O voo foi autorizado após a liberação técnica, e os passageiros puderam seguir viagem com segurança.
Terceiro maior volume de chuvas desde 1961
O temporal da sexta-feira foi registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) como o terceiro maior volume de chuva em São Paulo desde 1961. As condições climáticas adversas causaram transtornos em toda a região metropolitana, incluindo cancelamentos e atrasos de voos no aeroporto de Guarulhos, além de alagamentos em diversas áreas.
A GRU Airport, concessionária responsável pelo aeroporto, informou que 21 voos precisaram ser redirecionados para outros terminais devido às condições meteorológicas. Em nota, a empresa destacou que mantém monitoramento constante e está em comunicação com as companhias aéreas para minimizar os impactos aos passageiros.
Segurança e orientações aos passageiros
Casos de descargas elétricas em aeroportos não são incomuns em tempestades intensas, mas as aeronaves são projetadas para lidar com esses eventos, evitando danos severos. Passageiros que enfrentarem atrasos ou cancelamentos de voos devem buscar informações diretamente com suas companhias aéreas e estão protegidos por direitos garantidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), como assistência material e reacomodação em outros voos.
Eventos como esse reforçam a importância da segurança operacional e do planejamento em situações climáticas extremas, que se tornam cada vez mais frequentes na região.
