O dólar registrou alta de 0,43% nesta quinta-feira (27), encerrando o dia cotado a R$ 5,757. A moeda norte-americana oscilou ao longo da sessão, influenciada por dados de inflação do Brasil e pelo Relatório de Política Monetária do Banco Central (BC). No entanto, a cautela dos investidores diante das novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, fez a divisa ganhar força no período da tarde.
Fatores que impulsionaram a alta do dólar
➡ Inflação no Brasil: O IPCA-15 de março desacelerou para 0,64%, abaixo da expectativa do mercado, mas o acumulado de 12 meses subiu para 5,26%. Apesar da desaceleração mensal, a inflação de alimentos segue pressionando o índice, gerando preocupações sobre sua persistência.
➡ Política monetária: O Banco Central manteve um tom mais conservador, sinalizando mais um aumento da Selic em maio, embora em menor intensidade do que antes esperado. A projeção do PIB para 2025 foi revisada para 1,9%, reforçando um cenário de crescimento moderado.
➡ Impacto global: O anúncio de Trump sobre tarifas de 25% para carros e peças importadas causou apreensão nos mercados. A medida pode gerar retaliações de países asiáticos e europeus, aumentando o risco de uma guerra comercial.
Bolsa fecha em alta com apoio de Vale e Petrobras
Apesar da volatilidade, o Ibovespa subiu 0,47%, encerrando o dia em 133.148 pontos. O avanço foi impulsionado pelas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), que se beneficiaram da alta das commodities no mercado internacional.
Perspectivas para o mercado financeiro
Os investidores seguem atentos à política monetária do Banco Central e aos desdobramentos das tarifas impostas pelos EUA. Caso novas medidas protecionistas sejam adotadas, o dólar pode continuar pressionado, elevando a volatilidade no câmbio.