O Ministério da Fazenda apresentou nesta terça-feira (18) as diretrizes da proposta de reforma do Imposto de Renda, que poderá entrar em vigor a partir de 2026, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O projeto busca corrigir distorções na tributação e ampliar a faixa de isenção, beneficiando milhões de brasileiros.
Principais Pontos da Proposta
- Isenção total para quem ganha até R$ 5.000 por mês.
- Isenção parcial para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.000.
- Revisão das alíquotas para faixas salariais superiores.
- Tributação progressiva para contribuintes de alta renda.
Atualmente, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) isenta apenas quem ganha até R$ 2.259,20 mensais, enquanto os demais contribuintes são taxados com alíquotas de 7,5% a 27,5%. Com a nova proposta, cerca de 10 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados.
Confira os descontos para essa faixa de renda:
Como a Reforma Será Financiada?
Para compensar a redução da arrecadação, estimada em R$ 35 bilhões, o governo propõe um aumento na tributação de altas rendas e revisão de benefícios fiscais concedidos a setores específicos. Quem recebe acima de R$ 600 mil por ano poderá ser taxado com uma alíquota efetiva de 10%.
A equipe econômica argumenta que o modelo atual penaliza trabalhadores assalariados e favorece quem tem rendimentos elevados isentos ou pouco tributados, como lucros e dividendos. A reforma busca corrigir essa desigualdade e tornar o sistema mais justo e progressivo.
O Que Acontece Agora?
A proposta segue para análise do Congresso, podendo sofrer ajustes antes da aprovação. Especialistas defendem a mudança como um avanço na justiça tributária, corrigindo distorções que penalizavam a classe média enquanto altas rendas tinham benefícios fiscais.