A redução do volume de água nos principais sistemas da Sabesp já preocupa especialistas e moradores da Região Metropolitana de São Paulo. Em Guarulhos, que depende do fornecimento da companhia estadual desde a integração plena em 2019, a queda nos níveis de reservatórios como o Sistema Cantareira pode gerar efeitos diretos no abastecimento.
De acordo com dados divulgados pela Sabesp, o Cantareira opera com pouco mais de 50% da capacidade, enquanto o Sistema Alto Tietê, que também atende Guarulhos, registra queda significativa em relação ao mesmo período do ano passado. Em momentos de estiagem prolongada, a estratégia da companhia costuma ser reduzir a pressão nas redes de distribuição para evitar desperdícios e garantir regularidade do fornecimento.
Para Guarulhos, segunda maior cidade do Estado, a situação exige atenção redobrada. Com mais de 1,3 milhão de habitantes e uma das economias mais dinâmicas do país, o município depende fortemente de segurança hídrica para sustentar a vida urbana, o comércio e o polo industrial.
A Sabesp afirma que tem monitorado diariamente os índices e que medidas de contingência serão aplicadas em caso de necessidade. Ainda assim, especialistas alertam para que a população adote hábitos de consumo consciente.
Contexto local
Antes de 2019, Guarulhos enfrentava dificuldades crônicas no fornecimento de água, sob responsabilidade do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). A parceria firmada com a Sabesp trouxe estabilidade, mas os atuais índices reforçam a vulnerabilidade da cidade diante das variações climáticas.
Orientações
A recomendação é reduzir banhos demorados, reaproveitar água sempre que possível e acompanhar comunicados oficiais da Sabesp e da Prefeitura de Guarulhos sobre eventuais ajustes no abastecimento.
