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Inicio esta seção com a análise de uma cena que parece estar presa em uma bolha, mas na qual ainda guardo a esperança de que estoure, se espalhe e, eventualmente, se dissipe. Quem já tentou trabalhar com arte na cidade sabe como é enfrentar uma situação, digamos, displicente em relação ao nosso entendimento.
Em certa conversa, um artista comentou que nesta cidade não é permitido ‘passar o chapéu’.
'Passar o chapéu' é uma expressão que se refere a pedir contribuições financeiras de forma informal, geralmente após uma apresentação ou performance, como as que vemos em praças da capital e na Avenida Paulista aos domingos.
O termo vem da prática de músicos e artistas que, após suas atuações, circulam um chapéu entre o público para arrecadar dinheiro como forma de remuneração pelo seu trabalho.
E se um artista tentar agregar valor à sua arte pode resultar em condução para a delegacia, caso se recuse a sair do local!
Devido à situação, artistas migram para a capital em busca de oportunidades, pois aqui percebemos que apenas quem tentou ingressar nesse meio entende o quão difícil é trabalhar ou mesmo ser reconhecido. Até quando viveremos nessa situação? Será que, nestas eleições,
teremos alguém que realmente oferecerá oportunidades iguais e justas para todos
os produtores e fazedores de cultura?
Deixo este espaço aberto para ouvir e receber as respostas daqueles que estão concorrendo neste pleito, na esperança de que tragam soluções efetivas.