Casos de infecção pelo metapneumovírus humano (HMPV) têm aumentado no norte da China, principalmente entre crianças, segundo as autoridades locais. Este vírus respiratório, que causa sintomas similares a uma gripe, já é conhecido pela ciência e não apresenta alto risco de pandemia, afirmam especialistas.
O que é o metapneumovírus?
Descoberto em 2001, na Holanda, o HMPV pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (RSV), conhecido por causar bronquite e bronquiolite em crianças. Embora amplamente presente em diversos países, incluindo o Brasil, as infecções por HMPV são, na maioria das vezes, leves e tratáveis.
O professor Flavio Fonseca, da UFMG, em entrevista à BBC e reproduzida pelo G1, destaca que a população mundial já possui imunidade natural ao vírus, o que reduz as chances de sua disseminação em escala global, como ocorreu com a Covid-19.
"Desde então, alguns poucos estudos foram realizados, mas mostram a circulação bem prevalente desse vírus, variando de 19% até mais de 50% [da população], dependendo da região, e presente em várias partes do Brasil, do Nordeste ao Sul", descreve Fonseca.
Sintomas e Transmissão
Os principais sintomas do HMPV incluem:
- Tosse
- Febre
- Congestão nasal
- Falta de ar
A transmissão ocorre por meio de secreções respiratórias, contato próximo ou superfícies contaminadas. O período de incubação varia de 3 a 6 dias, e o tratamento é voltado para alívio dos sintomas, já que não há vacina ou terapia específica para o vírus.
Por que o surto na China preocupa?
Embora a maioria dos casos seja leve, as autoridades investigam se uma possível mutação do vírus está ligada ao aumento inesperado de infecções. O alerta reflete a vigilância global intensificada desde a pandemia de Covid-19.
Como se proteger do metapneumovírus?
Adotar hábitos de higiene e saúde é essencial:
- Lave as mãos frequentemente.
- Use máscara em locais com alta concentração de pessoas.
- Evite contato próximo com pessoas doentes.
- Consulte um médico ao sentir sintomas respiratórios mais graves.
Apesar do aumento de casos na China, especialistas consideram o risco global baixo. O mais importante é manter-se informado e adotar práticas preventivas para proteger a saúde respiratória.
*Com informações do G1