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Banco Central endurece regras para chaves Pix em situação irregular

Foto: Bruno Peres/EBC

O Banco Central (BC) anunciou, nesta quinta-feira (6), novas regras para aprimorar a segurança do sistema de pagamentos instantâneos Pix. A principal mudança determina que instituições financeiras e de pagamento excluam chaves vinculadas a CPFs e CNPJs irregulares na Receita Federal.

Além disso, chaves Pix do tipo e-mail não poderão mais ser transferidas para outro titular, e as informações associadas a chaves aleatórias não poderão ser alteradas.

Novas regras de conformidade

A partir de agora, bancos e fintechs deverão garantir que os nomes de pessoas e empresas vinculadas às chaves Pix correspondam exatamente aos registros da Receita Federal. Serão impedidos de manter chaves ativas os titulares que tenham:

  • CPF com situação suspensa, cancelada, nula ou de titular falecido
  • CNPJ com situação suspensa, inapta, baixada ou nula

O BC reforçou que essa restrição não está relacionada ao pagamento de tributos, mas sim à identificação cadastral do titular.

Monitoramento e punições

As instituições financeiras deverão verificar a conformidade cadastral sempre que houver movimentações como registro, alteração, portabilidade ou reivindicação de posse de uma chave Pix.

O Banco Central também atuará diretamente para identificar chaves Pix com dados divergentes e exigirá que sejam corrigidas ou removidas. Em caso de descumprimento, os bancos podem sofrer penalidades.

Mudanças no uso de chaves aleatórias e celulares

  • Chaves aleatórias: Não será mais possível alterar as informações vinculadas a esse tipo de chave. Caso o usuário precise atualizar os dados, deverá excluir a chave existente e criar uma nova.
  • Chaves do tipo celular: A função "reivindicação de posse" continuará disponível, permitindo que usuários recuperem o Pix em caso de troca de número telefônico.

Regras para devolução de valores

Outra alteração importante envolve a devolução de valores via Pix. Agora, não há mais um limite fixo de R$ 200 para estorno em dispositivos que nunca tenham sido usados para iniciar uma transferência. O cliente poderá solicitar o estorno pelo próprio aplicativo do banco, sem essa restrição.

Para outras operações, o limite de devolução continua em R$ 200. Caso a transação seja de valor superior, o dispositivo precisará estar cadastrado previamente pelo usuário.

BC reforça segurança e combate fraudes

O Banco Central destacou que as mudanças não alteram a forma como usuários realizam ou recebem pagamentos via Pix, mas reforçam exigências de segurança para combater fraudes e uso indevido do sistema.

"O BC atua de forma permanente para garantir a manutenção do elevado patamar de segurança do Pix", afirmou a instituição.