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Mulheres cientistas de Guarulhos contam suas trajetórias

Crédito: Diego Fróis/PMG

No dia 11 de fevereiro, data em que se celebra o papel das mulheres na ciência, Guarulhos se destaca com histórias inspiradoras de superação e inovação. A Secretaria de Desenvolvimento Científico, Econômico, Tecnológico e de Inovação (SDCETI) promoveu um reencontro emocionante entre duas gerações de cientistas: a professora doutora Aline Ribeiro Sabino e a estudante universitária Giane Mayumi Galhard. Unidas pelo amor à ciência, as duas se conheceram em 2017 no campus Guarulhos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), e desde então trilharam caminhos de sucesso que agora servem de inspiração para novas pesquisadoras.

Uma Cientista de Guarulhos que superou barreiras

Criada na Vila São Rafael, em Guarulhos, Aline Ribeiro Sabino sempre teve nos estudos uma ferramenta para transformar sua realidade. Filha de um cobrador de ônibus, conquistou uma bolsa de estudos no Colégio Eniac e seguiu uma trajetória acadêmica brilhante. Mesmo sem acreditar que poderia alcançar uma formação de excelência, foi incentivada por professores a prestar vestibular para Física na Universidade de São Paulo (USP), onde foi aprovada.

Na graduação, Aline percebeu a desigualdade de gênero: de 60 alunos, apenas seis eram mulheres. No entanto, isso não a impediu de avançar. Ela concluiu a licenciatura e seguiu carreira acadêmica, conquistando os títulos de mestre e doutora pela USP. Atualmente, é professora e pesquisadora, incentivando a presença feminina na ciência.

Da Semana do Conhecimento as pesquisas internacionais

A jovem cientista Giane Mayumi Galhard também iniciou sua trajetória no Instituto Federal de São Paulo, onde cursou o ensino médio técnico. Sua primeira experiência científica aconteceu na Semana do Conhecimento, evento acadêmico promovido pela Prefeitura de Guarulhos. No início, viu a participação como uma oportunidade de evitar provas, mas logo se envolveu com a pesquisa.

No segundo ano, desenvolveu um projeto inovador: óculos com rastreamento ocular para pessoas com dificuldades na fala. Enquanto dispositivos similares custam cerca de R$ 20 mil no mercado, Giane e sua colega criaram um protótipo funcional por apenas R$ 100. O projeto foi premiado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), conquistando o segundo lugar na categoria de engenharia.

O talento da jovem abriu portas para oportunidades internacionais. Como aluna da USP, ela participou de intercâmbios em três países: no Canadá, onde pesquisou bioinformática na Universidade de Alberta; em Singapura, com outro projeto na mesma área; e na Romênia, desenvolvendo uma plataforma digital para professores.

Mais mulheres na ciência: um caminho de oportunidades

Tanto Aline quanto Giane acreditam que o incentivo às mulheres na ciência é essencial para ampliar a participação feminina em áreas como pesquisa acadêmica, inovação tecnológica e engenharia.

“Uma política pública de fomento, uma condição digna de estudo e até mesmo uma palavra de incentivo podem fazer toda a diferença”, destaca Aline.

Já Giane deixa um recado para quem deseja seguir esse caminho: “Nunca imaginei que teria tantas oportunidades. Mas à medida que fui estudando, elas surgiram e os desafios foram sendo vencidos.”

Essas histórias mostram que o talento e a dedicação podem transformar vidas, abrir portas e inspirar novas gerações, consolidando Guarulhos como um polo de inovação e conhecimento.