Os mercados globais reagiram negativamente ao anúncio das tarifas recíprocas feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida impactou o dólar, que registrou forte queda, e as bolsas de valores ao redor do mundo, que operam no vermelho.
Dólar em queda após anúncio de tarifas
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas, caiu quase 2%, atingindo o menor nível desde setembro. No Brasil, a moeda americana recuava 1,70%, sendo cotada a R$ 5,60.
A principal razão para a desvalorização do dólar é o risco de recessão nos EUA. Especialistas apontam que tarifas mais altas encarecem produtos importados, elevam a inflação e reduzem o consumo interno.
Com isso, investidores passaram a apostar em cortes na taxa de juros americana, reduzindo a atratividade do dólar no mercado internacional.
Bolsas globais registram fortes quedas
A reação negativa se espalhou pelas principais bolsas de valores:
Os investidores temem que as tarifas de Trump prejudiquem o comércio internacional, reduzam a lucratividade das empresas e desacelerem a economia americana.
Ibovespa na contramão e sustenta 131 mil pontos
Apesar do cenário negativo no exterior, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera quase estável, mantendo os 131 mil pontos.
Analistas atribuem esse comportamento ao fato de que as tarifas impostas pelo governo americano ao Brasil foram menores do que as aplicadas a outros países, ficando em 10%.
Além disso, as medidas podem favorecer exportadores brasileiros, que ganham espaço frente a concorrentes que sofreram tarifas mais pesadas.
Por que o dólar caiu e a bolsa brasileira se manteve firme?
O anúncio das tarifas de Trump trouxe um impacto imediato ao mercado global, derrubando bolsas e pressionando o dólar. No Brasil, porém, a menor alíquota e o diferencial de juros ajudaram a segurar o Ibovespa e valorizar o real.
Agora, o foco dos investidores está nas próximas ações do Fed e na resposta dos países afetados ao tarifaço americano.
