Nesta terça-feira (4), celebra-se o centenário de nascimento de Inezita Barroso, uma das artistas mais importantes da cultura popular brasileira. Nascida em 1925, em São Paulo, Ignez Magdalena Aranha de Lima foi cantora, atriz, instrumentista, apresentadora, pesquisadora e professora, deixando um legado imenso na música caipira.
Inezita destacou-se pela valorização da música de raiz, tornando-se uma referência no gênero. Seu nome ficou eternizado na TV brasileira pelo programa "Viola, Minha Viola", da TV Cultura, que apresentou por 35 anos, impulsionando tanto artistas consagrados quanto novos talentos.
Inezita e sua paixão pela cultura brasileira
Além de seu talento, Inezita era conhecida pelo seu profundo conhecimento do universo caipira. O jornalista Aloisio Milani, que trabalhou com a artista, destacou sua dedicação:
“Inezita era obcecada pela cultura brasileira. Ela fazia disso um objetivo de vida, divulgando a música popular e suas raízes.”
Milani lançará um livro digital sobre Inezita, com histórias dos bastidores de sua carreira, curiosidades sobre sua relação com artistas como Paulo Autran, Paulo Vanzolini e muitos outros.
A importância de Inezita Barroso na música caipira
O pesquisador Walter de Souza, autor do livro Moda inviolada – uma história da música caipira, ressaltou a importância da artista na preservação da tradição:
“Ela manteve viva a identidade caipira em meio à modernização do sertanejo, defendendo a música brasileira contra a influência comercial que transformou o gênero.”
Inezita também teve passagens pelo rádio e cinema, protagonizando filmes como Ângela (1950), O Craque (1953) e É Proibido Beijar (1954).
Legado e influência na cultura popular
Ao longo da carreira, Inezita recebeu diversos prêmios e títulos, incluindo o doutorado honoris causa pela Universidade de Lisboa por sua contribuição à cultura.
Mesmo após seu falecimento, em 8 de março de 2015, seu trabalho segue vivo e inspira gerações de artistas e admiradores da música caipira.