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Brasil registra 32 casos confirmados de intoxicação por metanol, aponta Ministério da Saúde

Crédito: Pexel


O Ministério da Saúde confirmou 32 casos de intoxicação por metanol no Brasil, relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. A atualização foi divulgada nesta segunda-feira (13).

No total, o país soma 213 notificações, sendo:

  • 32 casos confirmados,
  • 181 ainda em investigação,
  • 320 descartados.

Os estados com casos confirmados são:

  • São Paulo (28),
  • Paraná (3),
  • Rio Grande do Sul (1).

Entre os casos sob apuração, São Paulo também lidera com 100 registros, seguido por Pernambuco (43), Espírito Santo (9), Rio Grande do Sul (6), Rio de Janeiro (5) e outros estados com números menores.

O levantamento aponta ainda cinco mortes confirmadas em São Paulo e nove óbitos sob investigação em outros estados, incluindo Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

Orientações para tratamento e prevenção

Diante do aumento de casos, o Ministério da Saúde e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) emitiram alertas aos profissionais de saúde sobre como identificar e tratar intoxicações por metanol.

As recomendações incluem:

  • reconhecimento precoce dos sintomas,
  • administração imediata de antídotos como etanol ou fomepizol,
  • encaminhamento para UTI em casos graves,
  • notificação obrigatória às autoridades sanitárias.

O fomepizol, medicamento importado dos Estados Unidos, deve chegar ao Brasil ainda nesta semana. O remédio bloqueia a ação tóxica do metanol no organismo e será distribuído aos centros de toxicologia de todo o país.

Cada paciente adulto pode precisar de duas a quatro ampolas durante o tratamento.

Ampliação da rede de diagnóstico

Para acelerar a confirmação dos casos, o governo federal criou uma sala de situação e ampliou a rede laboratorial de referência. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp poderá realizar até 190 análises por dia.

A Fiocruz também integrará o monitoramento, disponibilizando seu laboratório para apoiar os estados. A meta é estruturar uma rede permanente de vigilância toxicológica, capaz de responder a surtos futuros.

Entenda o risco

O metanol é uma substância tóxica que pode ser usada indevidamente na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas. Mesmo em pequenas quantidades, provoca cegueira, falência renal, danos neurológicos e morte.

O Ministério da Saúde reforça a orientação para evitar o consumo de bebidas sem procedência confiável e denunciar a venda de produtos adulterados às autoridades locais.